Não sou um pombo .

Dê migalhas aos seus pombos.
Vá para o quinto dos infernos com seus sentimentos medíocres.
Quero muito, sim, sou exagerada, muito exagerada, exageradamente exagerada.
Que foi? Que espanto é esse?
Sou assim, e sempre fui.
Sou quente, sou muito, sou extremo, sou limite.
Dê migalhas aos seus pombos.
Saia daqui com seu pouco, com seu peito carregado de nada.
Vá plantar merda com sua mesquinharia.
Quero queimar na tentação, quero sentir o máximo das coisas, de você.
Se doa por inteiro como eu me doei.
Se jogue ao precipício, arrisque homem de Deus!
Me jogue lava quente mas não me venha com esse mingual morno.
Ou tudo ou nada.
Liberte-se das consequências, atire-se aos tubarões ou às piranhas se preferir.
Sinta.
Sou o que sou, apaixonada por mim; ridicularmente sentimental.
Não quero o pouco, sou ambiciosa, sou egoísta.
Eu quero o tudo, o teu tudo, você todo.
Não me jogue migalhas, dê migalhas para os seus pombos.

Migalhas? Restos?
não mesmo! Devemos viver de coisas maravilhosamente dadas especialmente para nós.